Mitos, lendas e EStórias:


             Influenciados pela  dinâmica das águas, os mitos e lendas pantaneiras refletem a relação
 que a população aprendeu a estabelecer com a paisagem.
Também conhecidos como mitos d’água, espalham-se e chegam a se confundir com a realidade.
Conheça os principais deles:
    
     Mãe d’água
     Parente da sereia, mantém o mesmo hábito de se pentear em cima de uma grande pedra. Nos dias em que o pescador não consegue pegar peixe, dizem se tratar da benção da mãe d’água sobre o anzol. Protetora dos peixes, é considerada um mito ecológico.
 
     Negrinho d’água
     Também conhecido como Caboclo d’água em outras regiões, é uma espécie de Saci-Pererê do rio, que vive fazendo travessuras com os pescadores. Andam em bandos e, no fundo dos rios, há a cidade dos negrinhos d’água. ás vezes, quando capturam um pescador, levam-no para o fundo do rio para dar-lhe surras!
 
     Minhocão ou minhocuçu
     É um grande monstro em forma de serpente, que circula pelos rios e águas do Pantanal virando canoas, devorando pescadores, levantando grandes ondas e desmoronando barrancos dos rios. As lendas dizem que não se pode reformar ou restaurar a igreja matriz pois o minhocão encontra-se preso pelos fios de cabelo de Nossa Senhora.
 
     Fuça-fuça
     Outro bicho aquático, fuça nas partes mais rasas do rio e sua face assemelha-se é de um porco. As areias agitadas sob a água são sinais de que está próximo.
 
     Mãe do ouro
    É quase como uma bola de fogo que brota da água ou da terra, indicando que há dinheiro ou ouro enterrado por perto. Por isso é que Mãe do Ouro só aparece em regiões de mineração.
 
     Barco fantasma
     Um barco que afundou na Baía de Chacororô no fim do século XIX está até hoje assombrando suas águas. Dizem que ele surge das águas, em meio as ondas e ao som do hino do Divino, misturando vozes de conversas e risos.